25 de setembro de 2012

Pássaros Livres II

E, somos facturas de uma história como penas de pássaros. Discutimos com os céus. Mando vir tempestades e logo de seguida abrigas-te no ninho porque não gostas de molhar as asas. De colocar tudo a berma do risco. Outrora, uma coisa em comum nós temos no sangue de pássaro: nós  nunca nos deixar-mos sentir. Sou uma águia e tu uma andorinha. Tu bem mais simpática que eu e eu bem mais calculista que tu. Não sei em que medida de intensidade podemos comparar as nossas Vidas mas o que é certo é que o Mundo não poderia ser tão mais pequeno que um céu para nos encontrarmos. Quem diria que fosse falar com uma andorinha e troca-se ideias com ela com tanto gosto. Quem diria! Mas, os pássaros também são um verdadeiro mistério e mesmo que já exista uma explicação cientifica em poucas linhas de como eles furam nuvens e picam estrelas continuamos a maravilhar-mos quando vemos um a passar diante de nós e a desejar ter asas. É por isto que nunca tive um pássaro preso numa gaiola. O que aprendemos nós com os pássaros presos na gaiola? Que a liberdade é apenas uma meta? Que o Amor é apenas um cliché? Que o Infinito é a distância do meu quarto para a cozinha e que acaba amanhã e nem damos contas as contas? E, não é que as vezes me lamento ser águia. Atenta a tudo e a todos. Espia de sete ventos. E, preferia ser uma andorinha como tu... E, não, que as andorinhas não são inocentes. São perspicazes. E, só quem é perspicaz é que possui asas... Por isso, é que tenho pés. 


Levanta essa cabeça, abre essas asas e rasga o teu céu, minha Mariana

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